Tarda mas não faha.E a consequência de tudo que foi feito e dito vem à tona como uma bola de neve. Quanto mais isso demora, maior é o efeito que traz consigo. O que eu surpreendentemente pude constatar,talvez eu não estivesse tão bem afinal. Os acontecimentos foram tão rápidos e avassaladores que nem me permitiram percebe-los. E quando me dei conta, já estava totalmente envolvida. A tendência sempre foi ignorar,deixar pra depois,tão eficaz quanto mascar chiclete pra resolver uma equação matemática.
Tudo parecia estar atingindo a perfeição, quando na verdade estava tão longe disso que nem se eu pudesse enxergar a kilômetros de distância eu poderia de fato visualizá-la. Mais uma vez a sensatez insistiu em me chamar de volta a realidade, e já não era sem tempo. Mas como pudemos nos deixar ludibriar por nós mesmos? Talvez a vontade de que algo seja real seja tão intensa que projetamos algo que não existe de fato,ou que não é exatamente o que desejamos que fosse. Um misto de sensações e sentimentos me asombra, e eu não sei nem ao menos se posso distingui-los ou compreende-los.
Auto-controle, quem díria?Virou meu forte! E tal coisa,para alguém como eu,anciosa e impaciente é um feito imensurável. Algumas coisas já estão tão previsíveis pra mim, que simplismente perderam a graça. Mas quando eu poderia imaginar que podería visualizá-las com tanta indiferença? Como se nunca tivessem realmente pertencido a minha vida. Essa, assim como tantas outras coisas que assolam minha mente,terão de ser explicadas por algo ou alguém em determinado momento. Aí entra o auto-controle, não me resta nada além de esperar.
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